Olá minha linda menina!
Em que estado te encontras tu? O que tens feito e o que tens tu sonhado? Como estão os teus lindos cabelos, essas tuas revoluções?
Tenho saudades de ti! É o sabor do tempo que digere as saudades. Saudades essas que tenho dos teus cabelos lindos que nunca vi!
Sinto falta de te ver e ouvir. Mas de quantas coisas sentimos nós falta!? A vida é um mistério que pouco a pouco se revela a cada passo. Mas o mistério é belo e é preciso saber pô-lo do nosso lado. Lembro-me dos passos que demos lado a lado, do mistério que nos uniu por uma verdade e que aos poucos nos foi revelado. Uma verdade de, por uns tempos, poder sonhar e desafiar o que nos transcende no meio do eterno conflito de todas as nossas faces, de todos os nossos dias.
Talvez por saudade do tempo, apeteceu-me divagar contigo... e contigo divaguei! O resultado está nestas páginas...
E tu...?
Amante do saber,
e do corpo daquele que sabe,
vestes-te de mistérios
e por eles te deixas envolver.
Por eles te atrais sem sucumbir
à procura da verdade
e da razão de existir.
Deusa do Homem, filha da humanidade,
adulta te encontras em tua breve eternidade.
E eu...?
Sinto vontade de te tocar ao recordar-me dos tremores que invadiram os nossos corpos em nossos segredos, singelos, de tão variados encontros... Em Everyone Says I Love You vivemos um acto terrorista que viria a mudar sentimentos vários, numa brevidade de tempo, que por essa altura se aproximava...
A vida compõe-se sempre p'los mesmos elementos: acção, sentimento, pensamento e percepção. As distinções do real... as mudanças e mutações porvêm da combinação desses mesmos elementos. O novo surge sempre numa irracionalidade liberta da racionalidade anterior. É disso que se trata a paixão, o amor, o saber e todos os estados que aparentemente surgem como novos.
O extravagante menino tímido que, como um rio a montante, muito se agitava a novas combinações!! Que extravagância!!
O que é que vamos fazer?
Jantar ao meio dia ou ver a praia na cidade antes do amanhecer? Vamo-nos conhecer? Sim, claro, conhecer o sagrado e o profano de cada um de nós, que nos une em todos os nossos actos. Afinal, o fim do mundo está próximo! Pelo menos diz a profecia!
Não, pelo contrário, vamo-nos endividar para a eternidade com promessas efémeras que resistem ao tempo apesar de tão curta duração. Tal como o relógio do tempo, as efemérides nunca mais serão as mesmas. Parecidas talvez, mas nunca mais serão as mesmas e para sempre foram mudadas. E que interessa isso?, quando, também nós nunca mais seremos os mesmos! Apenas é preciso acreditar!!! Eu acredito em ti? E tu?
Talvez...
Sim. É claro que sim!
Afinal tudo passa por aí!
Não como um meio,
mas para um fim.
Desse fim ...
desse talvez ...
nunca nos libertamos
pois assim,
intentos nos prolongamos
sobre a guarda do fim,
do porvir, que, por sua vez
nos sublima e se encontra nas sucessivas vontades deste nosso subtil ser...
Esse, essa, Tal Vez ...
Um beijo
19/09/2001
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