sábado, 2 de julho de 2011

Tesouros

encontrados no vasculhar desta semana documentos de longa data... :) que agradável surpresa!!! nem me recordava ... uns, Caderno de Textos, soma de breves tentativas para iniciar uma narração ou talvez crónica..., outros acumulam-se numas quantas notas, citações de livros e citações próprias, títulos ou temas para livros, teoremas epistemológicos... de um hiato temporal entre 97 e 2001 ...  

Retratos de fantasias pessoais...
Publique-se ...

"Os Homens do deserto são os mais amigos e generosos porque não possuem nada.", in O Alquimista de Paulo Coelho, (leitura provável de 97)

Assim como eu e todos estes excertos pessoais publicados ... ficamos mais amigos e generosos, pois já não nos guardamos só a nós!


CADERNO DE TEXTOS

TEXTO Nº 1
Passeava de mansinho perto de uma casa abandonada. O sol de Outono, enganosamente, germinava ervas daninhas entre as folhas caídas e apodrecidas nesse dia soalheiro e melancólico. No meio, soavam alguns sons frenéticos e agitados, como se de neurónios electrizantes e dopados de trata-se. Era a angústia que elaborava tais imagens no deslocamento à solidão sentida e desmedida dos meus pensamentos, sem os poder comunicar com ninguém. Sim, comunicar, num sentido de um qualquer interlocutor que fosse, e me ouvisse e compreendesse nesse Outono primaveril que se apodrecia cada vez mais e se aproximava do Inverno.
O mar ripostava num certo brilho de desafio e longevidade que atiçava as folhas caídas de coragem para a boa primavera desejada e interiorizada nos pensamentos.
Desfraldei-me do cinto apertado e fiquei nu ao sabor do vento tão apetecido e refrescante, que demorei mais duas horas nesse estado febril. Ao dar conta do tempo, assustei-me, pois o sol, já se esmorecia pelo horizonte incerto e sonhador, na revelia e coragem que me impôs para o sonho e o adormecer desejado ...



Outros se seguirão...


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